quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

certeza

Mais uma tarde juntos: os nervos eram alguns, a ansiedade ainda maior, mas tudo isso passou com apenas um olhar teu. Sentia-me segura ali,contigo, o mundo era nosso e nada mais importava. Durante duas horas não quis saber se pensavam que eu estava em Almada quando estava em Lisboa, não liguei a olhares, a comentários, o frio era muito e as dores de cabeça voltavam, mas nada me fez desistir de ali estar, contigo. Quero repetir, uma vez e ainda mais outra, e quando disseste "...para a próxima vez" eu senti que tinha ganho tudo: a felicidade do momento, o valer a pena de ali estar e tudo isso, ganhei tudo mas não era suficiente, continuava a faltar o teu amor. Não tenho explicação para cada abraço, cada olhar, cada beijinho, cada palavra de carinho, e cada vez tenho menos explicação para o que sinto. Não falaremos da volta á estatua estupida do TdP, fiz um desenho sobre isso, e lembro-me da forma como paraste: "mas importaste?" "estou a ver a paisagem", ainda pergunto como foi possivel não ter reparado sequer, mas não pude deixar de completar. A tua voz calma e olhar faziam paralizar qualquer pessoa, até mesmo os homens que perguntaram se namoravamos. "são namorados?" "não" (o velho olha-me e pergunta se gosto de ti) "sim, gosto." não poderia mentir e enganar os sentimentos contigo mesmo ao meu lado. Farei tudo de novo, por ti, não por mim: pois sofro sempre mais um bocado por não te ver todos os dias e por cada vez mais os sentimentos se tornarem mais distintos ... Com todas aquelas horas juntos, ganhei certezas de duas coisas: eu gosto ainda mais de ti, e tu de mim; mas não da mesma forma.

sábado, 3 de janeiro de 2009

deixei

Deixei de saber de que especie são as minhas lágrimas por não saber se hei-de ficar triste ou feliz pelas tuas palavras. Não sei se são sinceras, ou se simplesmente as usas como um modo de defesa e seguranca para te assegurares que cada dia gosto mais um pouco de ti. A verdade é que eu não vivo sem elas, e muito menos sem ti. Habituei-me a estar nesta indiferença, habituei-me a não saber lidar contigo e simplesmente a não saber estar sem ti, és um ser que odeio mas que gosto de amar. Há muito tempo que isto não me acontecia, e se depois de uma ultima minha relação disse a alguém que o amava, era por estar afastada de ti, de certeza, pois contigo tudo torna-se claro e muito obvio, ou nem sempre. Mas eu gosto disto, tornou-se um jogo em que eu tenho que aguentar todos os obstaculos e deixar-te fazer batota sempre que te apetece, no fim sabes que sairás vencedor, como sempre. Não há duas sem três, e tu já vais em mil. És um vicio, uma droga, e é pena não haver nenhum grupo anónimo que o principal problema fosses tu, em que para além de mim, metade da população feminina iria estar com a mesma crise. Gostava de saber como pode ser tão bom o mal que me fazes, e antes de me pedirem para te esquecer, perguntem antes se o quero fazer(não.). Começo a pensar que reconheces todo o esforço feito, saudades jà dizes ter, e logo agora que tinha desistido de lutar. Estás-me a dar a volta a cabeça e começo a achar que qualquer dia ela despega-se do corpo, as voltas já foram muitas, pena é estarmos no mesmo lugar. Custumam falar-me de ti de diversas formas e não percebem que só te vejo de uma, não percebem que nada do que digam me fará mudar a minha opinião, com eles também é assim. Os dias passaram e eu deixei de procurar sabendo que não vinhas, deixei de tentar falar quando tudo o que eu dizia te afastava cada vez mais, deixei de olhar sempre que os olhares não eram correspondidos, e deixei de amar, quando o amor morreu.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

big girls dont cry.

As horas passam, mas é como se nada tivesse mudado, os dias passam e tudo fica igual, queres sair da rotina mas cada vez mais cais nela própria. Por isso escrevo, como se assim pudesse falar-te, dizer-te o que sinto, dizendo palavras soltas que talvez nem leias, nem oiças, talvez nem signifiquem nada e pareçam aos teus ouvidos simples palavras banais que finges esquecer a cada dia, a cada hora, a cada noite que pensas em mim e negas a vontade de estares comigo. E, depois de tudo, sobro eu: que luto para não mudares, para não para te mudar, não para te obrigar a acreditar naquilo que não conheces, mas simplesmente para que percebas que vale a pena e que nada se consegue sem tentar. Olho para ti e vejo que tens medo, não de mim, nem do que possas sentir, mas sim que o que possas sentir por mim te faça perder-me. O teu olhar desconfiado dá vontade de me aproximar cada vez mais de ti, e de perceber porque é tão grande, esse medo que te impede de viver ao pensar que os outros vivem sem ti. Ninguém que viva sem ti, pensa em ti, e como sabes que ocupas grande parte dos meus dias gostas de usar isso como arma sempre que não te sabes defender. Falsos argumentos, que podem-te servir na altura, mas não vão fazer com que vivas melhor. O medo estará sempre presente, até ao dia em que, consciente, sejas capaz de te desafiar a ti mesmo. Nesse dia vais-me procurar, e eu vou-te dizer que tenho medo. “Como és capaz de ter medo se já julgas-te por isso?”, a resposta é simples: tenho medo do que te possas ter tornado, e como acredito que sejas duas pessoas, gosto de pensar que só a primeira me faria realmente bem. Há o tempo e a distância, que podem ser um obstáculo menos apelativo, mas nem isso nos separa e eu fecho os olhos e deixo-me ser guiada por ti. Tropeço em ti, vezes sem conta, porque te vejo em todo o lado, de diversas formas. Vejo-te vestido com os meus pensamentos e revelo-te, tudo o que vejo em ti e mesmo o que não vejo. Fazes-me descrever-te de defeitos admiráveis, e particulares. Tu dás-me a tua mão, entrelaça-la na minha, e não temos mais que tropeçar, cair e levantar. Ficamos de mãos dadas, a viver tudo o que imaginamos, desde o primeiro sorriso àquela vez que caímos e demos as mãos, quero que me interpretes com todas as direcções que te disse e te envolvi nelas.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

jáqueeunãoconsigo,tentemvocês.

quando vais perceber que não há ninguém que mereça as tuas lágrimas senão aqueles a quem fazes também chorar ? e quando é que metes na cabeça que não há duas sem três e que todos os erros são cometidos de novo ? qual vai ser o dia em que vais acordar sem ter nenhuma preocupação, e avisa-me quando não ficares mal pela mínima coisa. quando deixares de te entregar, tão depressa e sem pensar nas consequências, vais ver que não te deram nem metade do que te deste, vais ver que exigias demais de ti, e que não há pila nenhuma que mereça que andes a disputa-la. no fundo sabes que eles são todos iguais, e nós somos todas iguais também : esperamos dos outros o que sabemos que nunca vamos ter, damos-lhes os nossos melhores sorrisos mesmo sabendo que mais tarde nos vão fazer chorar. a vida ensina-te e tu não queres aprender, as tuas melhores amigas avisam-te e tu pensas que batem sempre na mesma tecla. um dia escolhes aqueles que dizem amar-te, e no dia seguinte perdes aqueles que te amam de verdade. quando acordares, vai ser tarde demais, só te cabe a ti escolher, ou agarraste a quem mais merece, ou andas feita parva atrás de quem, no fim, acaba por não te ser nada. és tu que fazes o teu caminho. avisa-me quando voltares a chorar e pensa para ti mesma se o motivo das tuas lágrimas não vai ser o mais ridículo do mundo. chega de chorares por dares demais aos outros, pensa primeiro em dares a ti própria o que nunca te dariam a ti. se te magoam, não esperes que tudo mude, sabes que mais tarde se vai repetir. não perdoes só porque és facil demais e sabes que te dão a volta. és tu que fazes o teu caminho. acorda, vive a tua vida, e não dês atenção a quem não quer fazer parte dela. e lembra-te : não há pila nenhuma que mereça que andes a disputa-la.

''A maior cobardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter intenção de a amar"

escrito: 15-11-2008.

domingo, 28 de dezembro de 2008

estupido.

4h44 da manhã, o dia foi calmo, só com um stress ou outro, não te fui falar sabendo que também não vinhas, mas não podia quebrar a rotina: hoje ainda não tinha chorado por ti. E o que são os meus dias sem uma lágrima que geras, sem uma palavra que não dizes? Não seriam certamente os mesmos que têm sido. Mensagens são mandadas, mas senti falta de algo, de ti. Então tudo bem: fui à galeria do telemovel, e não há nada melhor para fazer uma lágrima cair, do que olhar para ti. Sim, guardei uma fotografia tua, precisava de algo que me preenchesse as noites sem musica, os dias sem falar contigo. Sei que faz mal, mas sinto que chorar por ti satisfaz-me, há quem diga que eu gosto de sofrer. Isto é estupido: chorar por ti sabendo que não sorris por ouvir o meu nome, pensar em ti sabendo que não o fazes, falar de ti aos outros quando, se for preciso, não te lembras de mim durante dias. É estupido, gostar de ti; mas acredito que cada beijinho dado, e que cada olhar trocado não tenham sido estupidos, nem em vão. Dizem para nao falar de ti, mas não sabem que não dizer o teu nome doi. O sono começa a surgir mas já que comecei a falar para ti,não vejo porquê parar, e o sono vai embora, és a causa das piores insónias da puta da minha vida. Afinal, o que me prende a ti?Nada, és igual a tantos outros, nem és do que mais atenção me dá e sei que a tua vida amorosa nunca se irá basear em mim. Ok, não vejo nada que me prenda a ti,mas não deixas de ser tu, e por seres tu é que gosto ainda mais de ti. Já passaram meses em que fazes parte da minha vida e eu só peço de volta setembro, certamente as melhores palavras foram ditas aí. É ainda mais estupido referi-lo, porque o que foi dito nessa altura é hoje dito a outras pessoas. O meu telemovel esta a parar, enfim, para além de me baralhares os pensamentos tambem bloqueias as tecnologias, não te cansas de errar? Tanto erro cometido, e o sentimento mantém-se sempre forte e fiel, preencher o coração com pseudo-amores?Não vale a pena, vieste para ficar, sabemos disso. Não dá para esconder sentimentos quando é pela voz que as pessoas percebem o que tememos em dizer, em admitir. Falarem de ti? Não, não é coisa que eu admita, que permita que façam: ou falem bem, ou simplesmente não refiram o teu nome; sabem que vou corar, gagejar, ficar sem palavras sendo que tudo o que dissesse me levaria a ti. Como sou ingénua gosto de acreditar que um dia vais dar valor, vais perceber que sou talvez a unica que nunca mudou contigo, e gosto ainda mais de pensar que talvez depois seja tarde demais. Gosto de gostar de ti, de saber que é por ti que choro, e ainda gosto mais de saber que sou estupida ao dizer isto, era esse o objectivo, mas não, fui sincera. Tens o tipico mel que as abelhas andam atrás, e sendo a mais recente abelha nesta colmeia, escolhi seguir-te para todo o lado, mesmo depois de me ter perdido imensas vezes e tu nunca teres voltado para trás. Sabes uma coisa? Isto já vai em 20 paginas de mensagem, como és fodido, enfim, mas eu ainda consigo ser mais por ser eu a escrever tudo isto que nem vais ler. Fiquei sem sono, odeio-te e desculpa: desculpa ter dito que te odiava, quando se passa exactamente o contrário. Limito-me a tentar esquecer-te e esperar que alguem venha a ocupar o lugar que hoje ocupas. Quanto mais escrevo mais tenho para te dizer, queres que continue?Não! Desta vez não te vou fazer a vontade ... É estupido, mas está bem, não deixas de ser o preto da minha vida, amo-te.